- 10/01/2025
- Economia, Notícias e Feiras
A Catas e o Instituto Fraunhofer WKI de Braunschweig apresentaram um relatório sobre os novos limites de formaldeído no Simpósio Europeu de Painéis Derivados de Madeira, em Hamburgo.
A participação de Catas no Simpósio confirma o seu papel internacionalmente reconhecido como um centro de excelência no sector do mobiliário em madeira.
Sandro Ciroi, pessoa de contacto do laboratório para as questões de emissão de formaldeído, foi convidado como orador para ilustrar aos cerca de 400 técnicos, operadores, cientistas e empresários de todo o mundo o estado da arte sobre os novos limites estabelecidos pela regulamentação europeia em termos de emissão de formaldeído.
Desenvolvimentos regulamentares previstos
O relatório, elaborado e apresentado conjuntamente por Sandro Ciroi e Bettina Meyer, do Fraunhofer WKI de Braunschweig, reconstituiu a evolução das regulamentações pertinentes e, sobretudo, centrou-se nos desenvolvimentos regulamentares previstos que entrarão em vigor em agosto de 2026 e que reduzirão para metade as emissões “permitidas” em relação ao limite atual, baixando-as para 0,05 ppm (partes por milhão) ou 0,062 miligramas por metro cúbico. Um regulamento europeu que não afectará apenas os painéis derivados de madeira, mas que envolverá progressivamente todos os outros produtos que emitem esta substância.
Elaboração de uma carta comum
Os dois relatores salientaram que, até à data, a Agência Europeia dos Produtos Químicos ainda não publicou as diretrizes revistas para a medição da libertação de formaldeído, que deveriam ter sido publicadas em outubro passado, um documento essencial para que os laboratórios de ensaio possam verificar corretamente o cumprimento das novas disposições.
Antecipando este documento indispensável, Sandro Ciroi e Bettina Meyer falaram sobre o percurso que conduziu à nova revisão do “capítulo formaldeído” contido no regulamento europeu REACH (Registo, Avaliação, Autorização e Restrição de Produtos Químicos), o registo de todos os produtos químicos utilizados no continente aos quais podem ser associadas restrições e quais os artigos, bens e produtos envolvidos ou excluídos.
Em seguida, os dois oradores mencionaram a existência de um grupo de trabalho voluntário, constituído pelos laboratórios europeus mais importantes do sector dos móveis de madeira, que está empenhado em elaborar uma “carta comum”, graças à qual será possível definir todas as especificações técnicas que não constam do regulamento, de modo a poder harmonizar as actividades de ensaio nos diferentes países, em benefício das empresas de painéis derivados de madeira, que poderão assim fazer face a um determinado cenário.
No final do relatório, Bettina Meyer e Sandro Ciroi tentaram finalmente imaginar, com base nos seus estudos e conhecimentos, qual poderia ser o futuro ditado pela regulamentação de proteção dos consumidores no que respeita ao teor de formaldeído dos produtos.